Por que ainda precisamos nos exercitar mesmo com remédios para emagrecer?
As novas “drogas milagrosas” para emagrecer estão por aí, e é tentador pensar que podemos dizer adeus à academia e aos tênis de corrida, certo? Errado! De acordo com especialistas, fazer exercícios vai muito além do número na balança – eles são verdadeiros “curingas” para diversos aspectos da nossa saúde. Então, pegue sua garrafa d’água e vamos entender por que suar a camisa ainda é crucial!
Exercício: O remédio universal para o seu corpo
Pense no corpo como uma máquina multiuso. O exercício físico é a “manutenção geral” que mantém tudo funcionando. Segundo Christina Dieli-Conwright, professora da T.H. Chan School of Public Health, os benefícios da atividade física vão desde a melhora na saúde mental até a prevenção de doenças cardiovasculares.
Em outras palavras, é o pacote completo: auxilia na cognição, combate transtornos como Alzheimer, reforça o sistema imunológico e até beneficia o sistema digestivo. Precisa de mais razões? Exercitar-se regularmente melhora o humor, reduz dores e cansaço, e ainda combate a insônia. Sério, há algo que o exercício não faça?
“Mas e a perda de peso?”
Você pode estar pensando: “Ok, mas exercícios não deveriam ser fundamentais para emagrecer?”. Não exatamente. Embora o exercício ajude, sozinho ele raramente cria o déficit calórico necessário para a perda de peso significativa. Em uma hora de treino, você queima algo entre 200 e 700 calorias – o que pode ser facilmente reabastecido em minutos comendo um hambúrguer.
Isso significa que se você estiver pensando em treinar para compensar aquele pedaço de pizza extra, talvez seja melhor também ajustar a sua dieta. No final das contas, exercícios e alimentação saudável são mais eficazes quando trabalham juntos.
Mais do que emagrecimento: Exercício é sobre viver bem
De acordo com dados do CDC, mais de 73% dos americanos estão acima do peso ou obesos. Ainda assim, quase metade cumpre as diretrizes mínimas de exercícios aeróbicos semanais. Parece um paradoxo, certo?
O ponto é que o exercício não deve ser tratado apenas como um meio para perder os quilos a mais. Ele impacta positivamente a longevidade, previne doenças e até reduz os riscos de câncer. Um estudo de 2019 liderado por I-Min Lee, professora de epidemiologia da Harvard Medical School, revelou que praticar atividades físicas por 7 a 15 horas por semana pode reduzir significativamente o risco de desenvolver sete tipos diferentes de câncer.
Movimente-se: Pequenos passos, grandes benefícios
Se você está apenas começando, a dica de ouro é: comece pequeno. Não precisa ser um atleta olímpico da noite para o dia. I-Min Lee sugere adicionar 10 minutos extras à sua rotina. Caminha 20 minutos por dia? Tente ir para 30 minutos até alcançar os 150 minutos semanais recomendados.
Edward Phillips, professor da Harvard Medical School, também incentiva estratégias simples. “Adicione pequenos hábitos, como tomar mais uma garrafa de água ou dar uma caminhada leve após o almoço. Quando perceber, esses cinco minutos se transformaram em 10 e assim por diante.”
Que tipo de exercício você deve fazer?
“Combine aeróbico com musculação”, aconselha Dieli-Conwright. Enquanto os exercícios aeróbicos trabalham o sistema cardiorrespiratório (como corridas, caminhadas rápidas e ciclismo), o treino de resistência fortalece os músculos e melhora o metabolismo da glicose – essencial para gerenciar diabetes e outros problemas metabólicos.
Além disso, interromper comportamentos sedentários é igualmente importante. Levante a cada hora, faça alguns agachamentos ou desça e suba as escadas. Esses pequenos movimentos podem fazer milagres, especialmente na regulação da glicose no sangue.
“Fit e Fat”? É possível!
Interessante notar que você pode ser saudável e ativo mesmo estando acima do peso – algo que Christina Dieli-Conwright chama de “fit e fat”. Claro, emagrecer ajuda na redução de riscos para doenças como diabetes e problemas cardíacos, mas os benefícios do exercício vão bem além da aparência física. É sobre funcionalidade, energia e qualidade de vida.
Dá para substituir exercícios por remédios milagrosos?
As novas drogas para emagrecer podem ser eficazes, mas dificilmente vão preencher todos os papéis do exercício físico. Enquanto as medicações podem ajudar no controle de peso, elas não melhoram sua força, flexibilidade, resistência ou saúde mental como uma boa rotina de exercícios faz.
Ou, como Phillips colocou: “Exercício te torna funcional. Permite que você levante da cadeira com facilidade, brinque com seus filhos ou tente esquiar no fim de semana. Ele te dá liberdade para viver.”
Conclusão: A jornada continua
Sim, as novas drogas para emagrecer são promissoras, mas exercícios ainda são indispensáveis. Eles promovem melhorias em todas as áreas da sua saúde – da cabeça aos pés. Seus benefícios vão muito além da estética, focando no que realmente importa: viver de forma plena e saudável.
Então, se você estava pensando em abandonar a academia ou aquela caminhada diária, pense de novo. Comece com 10 minutos, movimente-se, cuide de todas as peças da sua máquina incrível que é o corpo e descubra o bem-estar que vai muito além do peso.
Agora é com você: Que tal calçar o tênis e dar uma volta no quarteirão? Compartilhe suas conquistas conosco nos comentários ou confira outros artigos sobre saúde e exercícios no nosso blog em integralsaude.org.